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Som da Concha deste domingo será de muita música brasileira e rock com Ariadne e Simona

Para você que curte a boa música autoral de Mato Grosso do Sul, o Som da Concha deste domingo, 03…

01 out 2021 às 08h45 |

Para você que curte a boa música autoral de Mato Grosso do Sul, o Som da Concha deste domingo, 03 de outubro de 2021, está imperdível! Às 18 horas sobe ao palco a cantora e compositora Ariadne, com sua atmosfera musical minimalista, e às 19 horas é a vez de Simona, com o show “Não vou mais embora daqui”.

Cantando desde 2015, Ariadne traz ao Som da Concha o show de composições autorais e algumas releituras que fazem parte do mesmo universo de suas criações e trabalhos. A apresentação mostra como é possível criar uma grande atmosfera musical ainda que minimalista.

Será a estreia do trabalho “Indomada” de Ariadne, criada e não domada em Campo Grande. Uma viagem entre o místico e o real ultrapassando o etéreo, em um mergulho nas águas profundas do ser nem sempre humano.

Foto: Gustavo Guives Leal

Ariadne foi finalista do Primeiro Festival Da Canção Do Funcionário Público, com canções autorais. Formada em Artes Visuais pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, ela é atriz e arte educadora. Com uma influência peculiar da família, que contemplava os mais variados estilos musicais em sua rotina, Ariadne traz em sua expressão essa mistura brasileira.

Sua primeira apresentação após o Festival de 2015 foi em 2018 na semana de Arte e Cultura da Vila Mariana em São Paulo – SP. Depois disso, em 2019, fez um show íntimo e intenso na casa ‘Secretinho’ na Vila Madalena. Ainda na Terra da Garoa, Ariadne se apresentou com o Coletivo Sul-Mato-Grossense de músicos na Avenida Paulista com o movimento intitulado ‘Pantanal na Paulista’ que também fez parte da programação da SIM-SP (Semana Internacional De Música) com o evento ‘Noite Pantaneira’. Em seguida, Ariadne fez um show no incrível ‘Olho da Rua’. Espaço que transpira e inspira arte diariamente no coração do bairro de Botafogo no Rio de Janeiro.

De volta à Cidade Morena, a artista passa a se apresentar semanalmente em casas de show de Campo Grande enquanto divide seu tempo produzindo as gravações de seu primeiro EP. Permear a multilinguagem artística faz com que Ariadne traga em seu trabalho musical além de sonoridade, plasticidade e uma estética quase sempre visual o que faz essa experiência ser tão única e especial.

Logo depois, às 19 horas, sobe ao palco o cantor e compositor Manoel Sotero de Oliveira, o Simona, com o show “Não vou mais embora daqui”. Na apresentação de 60 minutos, o músico é acompanhado pelo power-trio formado por Guilherme Cruz (guitarra), Rodrigo Teixeira (baixo) e Ju Souc (bateria). O repertório de 12 canções traz releituras para suas composições e novas músicas de Simona. O show conta com a participação da sua filha, a cantora Karô Castanha.

Do alto dos seus 71 anos, o artista comprova o seu talento de frontman e o balanço contagiante. Simona é um dos músicos de MS com mais tempo de atividade, somando mais de cinco décadas de trajetória.

O espetáculo ‘Não Vou Mais Embora’ traz 12 petardos e power-trio como banda de apoio. O seu cabelo ‘black power’ está tomado de fios brancos e suas músicas cada vez mais carregadas de balanço. Simona continua na ativa e não pensa em parar. Pelo contrário, está cheio de energia e com um novo espetáculo para cair na estrada. Simona é um dos personagens mais marcantes da música sul-mato-grossense, o primeiro afrodescendente a se destacar como cantor em Campo Grande a partir do final da década 1960 e pioneiro na junção de rock e soul na música de MS.

O espetáculo tem uma hora de duração e um repertório que conta com 12 músicas, entre elas, “Não Vou Mais Embora”, “Coisas Naturais” e “Mariana”, sempre pedidas pelo público. Simona também irá mostrar novas composições, inclusive a inusitada “No Trec Te Trec do Trem”, parceria com o cineasta Joel Pizzini.

Simona nasceu próximo a Nossa Senhora do Livramento, a 40 km de Cuiabá (MT). Ele veio para Campo Grande com apenas 2 anos. Seu pai era cururueiro respeitado e veio trabalhar na Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. O músico tornou-se pioneiro da noite campo-grandense, sendo um dos primeiros a introduzir um repertório baseado na MPB nos bares da cidade nos anos 1980.

Ele participou de bandas germinais de rock campo-grandense, como The Cats e Os Infernais, e fez muito baile regado a Jovem Guarda e música internacional nos clubes da cidade na década de 1970. Foi também um dos primeiros artistas do Estado a assumir visual ‘back power’ e desde então vem combatendo o racismo por meio de sua arte. No novo show, comprova ser o pioneiro da ‘soul music’ em MS e sua performance contagiante demonstra que “aposentadoria” é uma palavra que não está em seu dicionário.

Som da Concha – O projeto criado em 2008 pela Fundação de Cultura proporciona shows aos finais de semana com entrada franca na Concha Acústica Helena Meirelles, que fica no Parque das Nações Indígenas. O projeto valoriza e difunde a produção musical sul-mato-grossense, selecionando músicos instrumentistas ou cantores solos, bandas ou grupos musicais residentes em Mato Grosso do Sul.

Serviço – Devido à pandemia do Covid-19, a edição 2020 do projeto acontece de forma híbrida, com transmissão ao vivo pelo www.youtube.com/fundacaodeculturamsoficial e pelo Facebook da Fundação de Cultura de MS, e com público presencial com entrada liberada para 238 pessoas, marcados na arquibancada, por ordem de chegada.

(Com Assessoria)

Foto: Divulgação