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Atendimento em cuidados paliativos visitados de cachorrinho de contas na Santa Casa

O encontro especial entre Amarildo e “Lalinha” aconteceu nesta quinta-feira Só quem ficou em um leito de hospital consegue entender…

22 ago 2022 às 08h12 |

O encontro especial entre Amarildo e “Lalinha” aconteceu nesta quinta-feira

Só quem ficou em um leito de hospital consegue entender as condições internas que é algo tão simples e não realizar por conta das restrições pelas clínicas. Abraçar um animal, algo pode ser, por exemplo, que pode ser feito no dia-a-dia, mas não por que está entre as quatro paredes de um quarto.

Para realizar o desejo de um paciente que está em cuidados e de sua família, que era reverenciado cadelinha, a Santa Casa de Campo Grande realizou uma ação que realiza a Geria e os Serviços de Geria e Cuidados Palia e a Comissão de Humanização hospitalar, na manhã desta quinta-feira, dia 18.

O paciente Amarildo Carlos Ferreira, de 56 anos, está internado no hospital há dias para tratar uma cirrose hepática avançada, também é renal dialítico e acumula outras internações do passado. “ A esposa manifestou que, como ele já era cadeirante há muito tempo, a cadelinha só ficou próxima dele em casa. Então, era muito importante esse reencontro ”, explica a médica paliativista da Santa Casa, Fernanda Romeiro.

O pet, chamada de Lalá, também conhecida como “Lalinha” para os mais íntimos, veio diretamente de Bandeirantes, cidade em que mora a família, localizada a 58 km da Capital, especialmente para o reencontro. Ela chegou em Campo Grande na tarde de quarta-feira, tomou um banho caprichado e aguardou a manhã desta quinta-feira para visitar o ‘amigo’ aqui no hospital.

O encontro aconteceu na Unidade de Terapia Intensiva Cardiovascular (UTI), leito onde Amarildo está internado. “ Essa ação é importante nos momentos porque o atendimento humaniza e individualiza o cuidado, levando em conta os pilares do cuidado da qualidade ”, ressalta Fernanda.

“ Se a gente não consegue devolver o paciente para o ambiente de casa, pode ser uma vontade dele, a gente tenta proporcionar um pedacinho disso aqui no hospital. Existe uma individualidade, você ver o seu animal de estimação que há anos é seu companheiro. Espero que essa ação abra portas para que a gente consiga outras como essa ”, complementa a médica paliativista.

De acordo com a supervisora ​​médica do Serviço de Geriatria e Cuidados Paliativos, dra. Paskale Vargas, a Terapia Assistida por Animais (TAA), conhecida pelo mundo como Pet Terapia, é um tratamento auxiliar para diversos tipos de doenças, muito utilizado por, comprovadamente, promovendo o bem-estar e a saúde emocional, física, social e cognitiva em tipos pacientes hospitalizados.

“A Pet Terapia é alternativa para tratar a ansiedade e depressão, a gente geralmente traz cachorros que são treinados para isso” , afirma a dra. Pascal Vargas. “ Hoje, uma equipe capacitou uma humanização. A gente trouxe o cachorrinho do paciente, que é um serzinho que ele tem um vínculo, numa situação de fim de vida. É um paciente dialítico que foi solicitado a suspensão da diálise e está em processo ativo de morte. E o que a gente fez foi realizar um desejo de fim de vida ”, finaliza a geriatra. (Com Assessoria Santa Casa)