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Câmara só vai pautar projetos do Executivo depois que a prefeita receber professores

O presidente da Câmara de Campo Grande, vereador Carlão (PSB), só vai pautar projetos do Poder Executivo depois que a…

08 dez 2022 às 16h15 |

O presidente da Câmara de Campo Grande, vereador Carlão (PSB), só vai pautar projetos do Poder Executivo depois que a prefeita Adriane Lopes (Patriota) se reunir com a diretoria da ACP para encontrar uma saída para o pagamento do reajuste dos professores e o fim da greve na Capital.

Carlão está intermediando a reunião, mas a prefeitura informou que prefere aguardar a mudança da presidência, que acontece na próxima semana, com a saída de Lucílio Nobre para a entrada de Gilvano Kunsler.

A decisão do Poder Executivo desagradou os vereadores, que consideraram um desrespeito tanto com os vereadores, quanto com os professores, que são apenas representados pela diretoria da ACP, que ainda está no seu mandato.

“Nós só vamos pautar projetos do Executivo quando formos ouvidos junto com a ACP. Não se trata de Carlão, Lucílio ou Gilvano. Ela tem que ouvir pra chegar a uma solução o quanto antes para esse problema que atinge as crianças, que não têm nada a ver com esse problema”, justificou o presidente da Câmara.

O caso

Os professores cobram os 10,39% prometidos por Marquinhos Trad em março, antes de renunciar para se candidatar ao Governo do Estado. Em reunião com a ACP, ele prometeu o reajuste de 10,39% para dezembro, mas condicionou ao limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 51,3%. Esta é a defesa utilizada pela Prefeitura para dizer que não pode efetuar o pagamento, por correr risco de responder por improbidade administrativa.

Segundo a Prefeitura, o reajuste levaria a um comprometimento de mais de 60% da receita em gasto com pessoal, o que poderia levar à cassação de Adriane Lopes. Para cumprir o acordo, Adriane precisaria reajustar 10,39% agora; 4,78% para janeiro; 10,56% em maio de 2023, 10,56% em outubro; 10,56% em maio de 2024 e 10,56% em outubro de 2024, quando pela lei atual, os professores receberão R$ 7,6 mil para quarenta horas semanais.

Foto: Divulgação/Câmara

Fonte: Investiga MS