Com peças de notebook, aluno da Capital cria máquina multi resfriadora para armazenar insulina da avó
Para armazenar a insulina da avó diabética, Victor Hugo de Jesus Santana, de 13 anos, aluno da Escola Municipal Darthesy…
Para armazenar a insulina da avó diabética, Victor Hugo de Jesus Santana, de 13 anos, aluno da Escola Municipal Darthesy Novaes Caminha, localizada na Chácara das Mansões, em Campo Grande, fez uma máquina multi resfriadora construída com uma caixa de gelo reutilizada e peças de notebook sem uso.
A máquina funciona com a fonte ligada na energia e também há adaptação para o carro. Ele conta que um dia estava em casa e pensou em como faria se precisasse acampar em um local sem energia. “Eu sempre acampo com a minha família e um dia pensei como seria se no local de acampamento não tivesse energia. Minha avó não pode ficar sem insulina”.
Surgiu então, a ideia de fazer uma mini geladeira. Victor tinha um notebook sem uso em casa, pesquisou na internet e viu que era possível reaproveitar as peças. “Eu conversei com a minha professora de laboratório e disse que queria fazer a mini geladeira”.
Segundo a professora de Biologia, Helena Borges Martins, o aluno chegou com a ideia e a escola o apoiou no mesmo momento. “Eu disse para ele pesquisar, se aprofundar no assunto e logo busquei ajuda com a direção para gente produzir o protótipo”, relembra.
Victor pegou as peças do notebook, as levou para a escola e junto com o professor de Matemática, Aparecido dos Santos e a professora de Biologia, começaram a desenvolver a ideia. “No começo, fizemos com uma caixa pequena de isopor e o termômetro que a escola deu, era na tampa. Mas, fomos adaptando, trocamos a caixa por uma maior, embutimos o termômetro no meio dela e o resfriamento chega até 12ºC”.
De acordo com o professor Aparecido, Victor foi auxiliado com a questão do cálculo para fazer a caixa. “Temos a questão do volume da caixa, o cálculo de temperatura para que o equipamento seja eficiente e atenda às necessidades para as quais ele foi produzido”.
Helena fala sobre a gratificação de ver um aluno interessado e desenvolvendo um projeto idealizado pelo próprio estudante. “A gente precisa ter esse olhar com esses alunos, dar atenção e não deixar que as curiosidades deles se percam”.
O projeto de Victor Hugo foi apresentado na IV Expocampo, na Secretaria Municipal de Educação (Semed), realizada em 2022.
Agora, o aluno vai levar a caixa com ele, nas férias de família. “Minha avó mora no interior de São Paulo e ela quer testar a caixa, se funciona mesmo. Toda a minha família ficou feliz com a máquina e eu também fiquei, por conseguir tirar uma ideia minha do papel. É possível, basta tentar que a gente consegue realizar. A escola me ajudou muito no processo”.