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Política

MS prioriza reativação de ferrovias e modernização de modais para melhorar logística do Estado

Estas são hoje as prioridades do Governo do Estado para Mato Grosso do Sul avançar em logística com competitividade.

05 jun 2025 às 13h02 | Com Assessoria

Fotos: Mairinco do Pauda/Semadesc

Retomar o transporte ferroviário, melhorar as rodovias, incrementar o envio de mercadorias por hidrovia e ampliar e revitalizar os aeroportos. Estas são hoje as prioridades do Governo do Estado para Mato Grosso do Sul avançar em logística com competitividade.

O detalhamento foi feito pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, que participou ontem (3) do 9º Encontro Regional do Plano Nacional de Logística (PNL) 2050. O evento, promovido pelo Ministério dos Transportes, foi realizado na Famasul, em Campo Grande.

O encontro integra a segunda fase do PNL 2050, programa estratégico do Governo Federal que traça o planejamento de longo prazo para a infraestrutura de transportes no Brasil.  Com o tema ‘Participação Social para Construção do Diagnóstico do PNL 2050’, o evento reuniu representantes do governo, entidades do setor produtivo e especialistas para discutir os principais desafios logísticos da Região Centro-Oeste.

Durante a programação, estão sendo debatidos gargalos e potenciais de corredores estratégicos da malha de transportes, com foco especial em Mato Grosso do Sul, estado que ocupa posição de destaque no agronegócio brasileiro e depende de um sistema logístico eficiente para manter sua competitividade nos mercados interno e externo.

“O Governo Federal olhando para o setor de logística nos próximos 25 anos está fazendo um diagnóstico em cada uma das regiões. Aqui é um evento do Centro-Oeste para identificar quais são os grandes gargalos do sistema logístico visando obviamente o crescimento do país. Quando trazemos isso para Mato Grosso do Sul, consideramos que após a reforma tributária, a logística ela toma um papel ainda mais relevante, nós temos que ter competitividade”, pontuou o secretário Jaime Verruck.

O secretário Jaime Verruck destacou ainda quais os gargalos logísticos de Mato Grosso do Sul.

“O Governo tem priorizado como gargalo a questão da ferrovia. Nós entendemos que essa é uma prioridade, porque o Governo entendeu que as rodovias nós temos dois projetos já em avanço. Então o Estado hoje o ponto principal de gargalo é a questão ferroviária e o segundo que ainda não é um gargalo que é que ele vai ser uma parte da solução é a Rota Bioceânica”, salientou.

Verruck enfatizou que a competitividade na logística exige a redução de custo e de tempo.

“Essas são as duas grandes questões. Para isso a gente precisa investir em logística. Então o que estamos discutindo é a importância de que hoje nós temos ainda um gargalo que é a ferrovia.  Essa matriz tem que ser alterada. E é o que está se discutindo. Olhando para um horizonte de longo prazo é como o Brasil vai ter os investimentos. Só que vai ter que priorizar, isso foi destacado pelo Governo Federal. Não existem recursos para fazer tudo que é necessário, nem estadual, nem federal. Então a gente tem que priorizar onde são os principais gargalos”, complementou.

Sobre ampliar a competitividade, o secretário lembra que a meta está atrelada a uma redução de custo.

“Hoje todo esse modal está concentrado especificamente em caminhão. Quando você cria a intermodalidade a ideia é que você tenha um custo de frete menor para levar os seus produtos para qualquer lugar do mundo. Mato Grosso do Sul é efetivamente exportador. E a outra questão é o tempo. Quando você tem o sistema logístico adequado, o tráfego flui melhor. Então a questão do tempo é fundamental. Quando se olha o sistema logístico a gente tem que investir para reduzir custo e diminuir o tempo de levar os produtos até os consumidores ou até os outros países”, ressaltou.

Para o secretário, a discussão do PNL com o Governo federal é fundamental porque aproxima o setor da relidade local.

“O fato do Governo Federal vir aqui fazer essa discussão com o setor privado, com o setor público mostra exatamente que a gente tem condições de apresentar quais são os gargalos do Estado. Porque senão isso fica muito maior. Então a construção a partir do diagnóstico local é fundamental”, finalizou.

A abertura contou com a participação do diretor-tesoureiro da Famasul, Frederico Valente,  a subsecretária substituta do Ministério dos Transportes, Larissa Spinola, do presidente da Setlog/MS, Cláudio Cavol, e do assessor de logística da Semadesc, Lúcio Lagemann.

A ideia é reforçar a importância da colaboração entre o setor público, a sociedade civil e os setores produtivos na construção de um diagnóstico técnico alinhado à realidade local.

Pelo Ministério dos Transportes, a subsecretária substituta Larissa Spínola destacou o compromisso do Governo Federal com o diálogo com o setor produtivo. “Precisamos percorrer o Brasil para entender o Brasil. Estamos aqui para ouvi-los”, afirmou, reforçando o papel colaborativo na construção do PNL 2050.

A metodologia do PNL 2050 envolve a análise de dados técnicos como matrizes origem-destino, mapas de saturação e indicadores multidimensionais, considerando critérios como acessibilidade, sustentabilidade e integração regional. O objetivo é subsidiar a definição de metas e estratégias para a transformação da infraestrutura nacional até 2050.