Bloco do Caos faz crítica dura e necessária em “Fim de Março”

Banda já conhecida pelo teor político de suas letras critica a noção de “país do futuro”

Em seu novo single, o Bloco do Caos critica o “Brasil promessa”, que nunca se concretiza. O nome, “Fim de Março”, inclusive, é referência a “Águas de Março”, de Tom Jobim, que fala exatamente sobre isso: um projeto de Brasil, sempre inacabado, “o carro enguiçado”, a “promessa de vida”. A música é mais uma que fará parte do álbum “Minha Tribo”, a ser lançado pelo grupo neste ano.

“A gente tentou escancarar o posicionamento internacional do Brasil ainda (e, com o governo atual, cada vez mais) colonial, entreguista”, diz o compositor e guitarrista Renato Frei. “Nos afastamos de um Brasil do povo (‘distantes as pretensões de Dorival’) e nos aproximamos da subserviência (‘asfixiantes as caravelas de Cabral’). E tudo isso remonta à nossa origem como país, posterior ao ‘descobrimento’: nascemos, de fato, da invasão e, infelizmente, crescemos perdão”.

“Fim de Março” deixa claro mais uma vez o teor altamente crítico das canções do Bloco do Caos. “Para nós, o artista tem sempre que se posicionar, é um dever dele. Se temos voz, devemos usá-la”, afirma Alê Cazarotto, vocalista e compositor. “Por isso que temos dificuldade de não escrever sobre aquilo que nos incomoda, não dá pra fugir”. A música, vale dizer, não tem meios termos. É o retrato nu e cru do Brasil “história pra boi dormir”, que, mesmo tão rico e diverso, cedeu tudo para os poderes que o colonizam.

A banda formada por Ale Cazarotto (Vocal), Renato Frei (Guitarra), Lelê Maggioni (Baixo), Andrew Lee (Bateria) e Cidão Formigão (Percussão), surgiu no final de 2013 em São Paulo, lançou um álbum e três EPs, e gravou com grandes artistas como Maneva, Toni Garrido (Cidade Negra), Izenzêê (Braza/Forfun), Tato (Falamansa), Tay Galega, e a banda americana Big Mountain. Com um som bem diversificado e cheio de mensagens fortes, o Bloco do Caos já realizou turnê pela Europa, participou de importantes festivais no Brasil e Portugal, dividiu o palco com grandes artistas do cenário nacional e internacional como O Rappa, Marcelo D2, Gabriel O Pensador, Maneva, Tribo de Jah, Planta & Raiz e Aurea, e hoje somam mais de 1 milhão de visualizações e plays pela internet.

(Com Assessoria)

Foto: Divulgação

Share Article:

Jhoseff Bulhões

Writer & Blogger

 

Jhoseff Bulhões está na comunicação desde os 17 anos. Começou a carreira na extinta rádio Maracanã FM na ocasião entrevistou diversos artistas e personalidades públicas. Também atuou em assessoria política e artística. Bulhões ganhou visibilidade depois de iniciar carreira no colunismo social no site Top Mídia News.

Atualmente escreve coluna no jornal online JD1 Notícias e na revista Boca do Povo. Além de apresentar o programa Em Alta no JD1TV. Também já exerceu a função de repórter em jornais impressos e sites da Capital de Mato Grosso do Sul.

Jhoseff Bulhões

 

Jhoseff Bulhões está na comunicação desde os 17 anos. Começou a carreira na extinta rádio Maracanã FM na ocasião entrevistou diversos artistas e personalidades públicas. Também atuou em assessoria política e artística. Bulhões ganhou visibilidade depois de iniciar carreira no colunismo social no site Top Mídia News.

Atualmente escreve coluna no jornal online JD1 Notícias e na revista Boca do Povo. Além de apresentar o programa Em Alta no JD1TV. Também já exerceu a função de repórter em jornais impressos e sites da Capital de Mato Grosso do Sul.

Edit Template

Expediente: Jornalista Jhoseff Bulhões (MTB-MS 1691)

Email: [email protected] / [email protected] 

Campo Grande, Mato Grosso do Sul