Sabrina Sato fala sobre sexo e tesão depois da maternidade na capa da revista Tpm

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A próxima edição da Tpm traz uma entrevista muito sincera e direta com a Sabrina Sato. Para o jornalista Alexandre Makhlouf, Sabrina relembra os momentos de sua infância, e de que forma, a maternidade mudou seu ponto vista em relação ao sexo e tesão. 

O jeito espontâneo e piadista de Sabrina, que por muito tempo foi interpretado como ingenuidade e até burrice, hoje é visto como sua marca registrada e seu maior ativo. Com mais de 23 milhões de seguidores no Instagram, que podem acompanhar cada passo de sua vida pessoal e profissional (entre vários posts patrocinados), ela foi anunciada como a nova responsável pelos domingos da TV Record, onde, por quase cinco anos, comandou as tardes de sábado. Serão quase cinco horas seguidas ao vivo no ar.

Sabrina fala de como é estar sempre cercada por muita gente.  “Achei que, vindo para São Paulo, talvez tivesse privacidade porque aqui é diferente do interior, mas não tenho. Vi que a gente é desse jeito mesmo. Quando estava grávida, foi tanta gente me visitar no prédio antigo, era um entra e sai tão grande na portaria, que cheguei a tomar uma multa. Eram mais de dez pessoas por dia.”

“Uma vez, fui para o Líbano gravar matéria e lembro que as pessoas ficavam chocadas quando dizia que estava com 30 pessoas. Sempre tento enxugar, mas não consigo. Preciso parar de falar isso, senão ninguém mais vai me convidar para festa nenhuma.”

Fotos: Alex Batista

E relembra sua infância no interior de São Paulo nos anos 80 em que vivia rodeada pelos amigos gays de sua avó. “O Duda não se conforma que eu vou pra eventos, atendo toda a imprensa, falo com fãs e chego animada em casa. Isso também é algo que vem da infância. Lá em Penápolis, a minha avó tinha muitos amigos: as colegas da sauna, os amigos gays, as costureiras… E a gente convivia muito bem com essas pessoas.”

A apresentadora fala sobre fazer muita publicidade e isso acabar se misturando à sua vida privada. “Sou assim mesmo: misturo minha vida pessoal com a profissional, é uma bagunça. Os amigos que conheci no trabalho se tornam da minha família, coloco a minha mãe para trabalhar… Mas é uma bagunça que agora deu certo, e em time que está ganhando não se mexe. Então, vamos continuar assim”.

“Eu dou a ideia, sou proativa, não espero a marca chegar em mim.”

Sabrina também responde se o sexo e o tesão melhoram depois da maternidade. “Como melhora se não existe? Quem faz sexo depois de ser mãe? Não dá vontade nem de bater uma punheta para o marido. É difícil, a vontade não vem. Quando você vira mãe, tudo muda. Atualmente, eu amo o Duda como se fosse meu irmão [risos]. É um amor gigantesco, eu olho para ele e sinto gratidão, mas não tesão. A gente precisa começar a falar sobre isso. Não é tudo maravilhoso [na maternidade]. Eu, que fiz cesárea, fiquei cheia de gases e cheia de pontos. A cicatriz dói até hoje. E você não quer sair de perto da sua filha, não quer sair do quarto. Mas eu tô tranquila com isso, sabia? O Duda e eu conversamos muito e estamos bem. Antes a gente era um casal, agora a gente é uma família, uma potência.”

Sobre se ser mãe é sinônimo de se sentir culpada. “Nossa, é muito doido. Parece que não importa a escolha que você faça, sempre vai se sentir culpada. Colocar ou não na escola, postar foto ou não nas redes… Conversar com outras mães é algo que me alivia muito. Essa troca é muito importante, faz a gente crescer e aprender.”

E também conta que pagou a língua na maternidade e que fez muitas coisas que disse que nunca faria. ” Todas as cafonices do mundo! A primeira foi colocar roupa igual a da Zoe. Eu cheguei ao ponto de ligar para uma marca de roupinha de criança e pedir pra fazer um body pra mim, igual ao dela, pra postar no Instagram.”

“Tenho um grupo de WhatsApp de amigas que são mães. Quando ainda não era, toda vez que elas falavam sobre filhos, eu mandava um pinto. Começava o assunto “meu filho vai para escola…”. Pinto. “Que livro você está lendo?” Pinto. Agora, só eu falo: “Ai, minha filha não sei o quê…”. Estou pagando a língua.”

Sabrina Sato fala sobre sua experiência em um relacionamento abusivo. “Passei por isso, do cara fazer chantagem emocional, tentar o tempo inteiro me fragilizar, diminuindo minha autoestima, me deixando insegura. Lembro que quando terminei o namoro, tive muito apoio da família, dos amigos, que me falaram: “Você não pode sofrer desse jeito. Vai fazer uma terapia”. Então, sempre soube para quem ligar. Essa vergonha eu não tenho. Na fase do puerpério, não conseguia parar de chorar, mas liguei para pedir ajuda.”

Embalada no assunto central da edição da Tpm de novembro, a apresentadora revela o momento que não se sentiu bem-sucedida: o parto. “O momento que me senti mais poderosa e mais feliz foi no parto. Mas, ao mesmo tempo, também senti que não tinha dado certo. Durante a gravidez inteira, falei que ia ter parto natural, estudei, planejei, me preparei. E, de repente, me vi fazendo uma cesárea. Não era isso que eu esperava e achei que fracassei. Mas a gente precisa aprender a lidar com essas mudanças de percurso. “

“Romantizei esse momento e não foi nada daquilo. Foi o oposto: com um monte de gente em volta de mim, me costurando. E, ao mesmo tempo, foi muito foda, porque eu saí muito mais forte daquela sala de parto. A gente tem que se cobrar menos e ser feliz.”

Por fim, fala sobre reforçar os padrões em seu cotidiano. “Sou um ser esquisito. Tenho uma verruga na testa, sou japonesa, mas coloquei silicone na tentativa de me enquadrar em um padrão de beleza. Já tentei me encaixar e sei que, de algum jeito, me encaixo, mas não quero que minha filha se sinta pressionada em nenhum momento a pertencer a um padrão. Quero educá-la para que ela se sinta o mais forte possível, porque as mulheres são comparadas às mães o tempo inteiro. Então, vou tentar deixar a Zoe mais independente para ela ter a personalidade dela”.

(Com Assessoria)