Radioamadores querem “salvar” torre na região norte de Dourados

Devido à expansão imobiliária em região nobre, importante ferramenta em catástrofes que já abrigou DOF, Defesa Civil, Bombeiros e radioamadores pode ser desativada
A região norte de Dourados, antes esquecida e que hoje reúne as mais luxuosas mansões e condomínios, valorizando cada vez mais o metro quadrado da região do “Altos da Avenida Presidente Vargas”, vez ou outra gera notícias de repercussão, como a permuta de um lote nessa avenida com uma casa no Jardim Água Boa, agora é alvo de nova polêmica.
Uma torre de mais de 50 metros, implantada na década de 1980 pela extinta TV Manchete e que por décadas abrigou a comunicação dos radioamadores, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, está na iminência de ser desativada.
Caso se concretize a desativação, seria uma perda imensurável para a comunicação analógica de Dourados com o resto do estado, ainda mais considerando-se que os meios digitais costuma ficar inoperantes durante tempestades e catástrofes.
Diante disto, radioamadores organizados em uma associação de utilidade pública municipal e estadual, atualmente nomeada “Rede Salvar”, destinada a auxiliar e acolher a cidade em emergências, tenta de forma consensual, sem acionar o Ministério Público, transferir a torre – “ferramenta de necessidade e interesse público” – para uma área a ser cedida pela prefeitura, algo já discutido com o secretariado há mais de 6 meses, porém, sem êxito.
RADIOAMADORES
No Brasil e em todo o mundo, as comunicações desempenham um papel fundamental em situações de emergência e catástrofes naturais. Entre os protagonistas desse cenário estão os radioamadores, uma comunidade dedicada que se torna um elo vital quando as redes convencionais falham.
Em momentos de desastres naturais, como terremotos, furacões ou inundações, as infraestruturas de comunicação normalmente entram em colapso, deixando comunidades inteiras isoladas e sem acesso a auxílio. É nesse contexto que os radioamadores emergem como heróis silenciosos, utilizando suas habilidades e equipamentos para estabelecer redes de comunicação improvisadas, permitindo que informações cruciais fluam e que ajuda seja direcionada de maneira eficaz.
Durante tragédias como a última enchente na região Sul e outras no Sudeste ou incêndios na Amazônia ou Pantanal, os radioamadores têm sido fundamentais na coordenação de esforços de resgate e na comunicação entre as equipes de resposta e as comunidades afetadas. Sua capacidade de operar em condições adversas e de se adaptar rapidamente às necessidades do momento faz deles uma peça-chave na mitigação de danos e no apoio à população atingida, com isso, os radioamadores desempenham um papel crucial em escala global.
Durante desastres internacionais, como o terremoto no Haiti em 2010 ou o tsunami no Japão em 2011, eles se mobilizaram rapidamente, oferecendo suporte de comunicação vital quando as linhas convencionais estavam interrompidas. Suas redes, muitas vezes estendendo-se além das fronteiras nacionais, permitem uma cooperação internacional mais eficaz no fornecimento de ajuda humanitária e no compartilhamento de informações críticas.
Os radioamadores de Dourados entendem que é imprescindível que a administração municipal reconheça a importância dessa torre na cidade.
O papel das comunicações de emergência, os radioamadores e a integração com os sistemas de resposta a catástrofes em um mundo onde os desastres naturais e as crises humanitárias são cada vez mais frequentes, a resiliência e a prontidão desses radioamadores podem fazer toda a diferença entre a vida e a morte. (Com informações de Christophe Sá, de Dourados)
Foto: Reproduação

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Jhoseff Bulhões

Writer & Blogger

 

Jhoseff Bulhões está na comunicação desde os 17 anos. Começou a carreira na extinta rádio Maracanã FM na ocasião entrevistou diversos artistas e personalidades públicas. Também atuou em assessoria política e artística. Bulhões ganhou visibilidade depois de iniciar carreira no colunismo social no site Top Mídia News.

Atualmente escreve coluna no jornal online JD1 Notícias e na revista Boca do Povo. Além de apresentar o programa Em Alta no JD1TV. Também já exerceu a função de repórter em jornais impressos e sites da Capital de Mato Grosso do Sul.

Jhoseff Bulhões

 

Jhoseff Bulhões está na comunicação desde os 17 anos. Começou a carreira na extinta rádio Maracanã FM na ocasião entrevistou diversos artistas e personalidades públicas. Também atuou em assessoria política e artística. Bulhões ganhou visibilidade depois de iniciar carreira no colunismo social no site Top Mídia News.

Atualmente escreve coluna no jornal online JD1 Notícias e na revista Boca do Povo. Além de apresentar o programa Em Alta no JD1TV. Também já exerceu a função de repórter em jornais impressos e sites da Capital de Mato Grosso do Sul.

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Expediente: Jornalista Jhoseff Bulhões (MTB-MS 1691)

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