Com certificação nacional, Laika do Corpo de Bombeiros está apta para busca e resgate
A cadela de busca Laika, que atua com o sargento Thiago Kalunga, do CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato…
A cadela de busca Laika, que atua com o sargento Thiago Kalunga, do CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul), recebeu a Certificação Nacional de Cães de Busca e Resgate.
Laika, que é da raça pastor holandês, foi aprovada na prova de ‘busca urbana’ realizada nos dias 4 a 6 de outubro durante a 21ª edição do Senabom (Seminário Nacional de Bombeiros), em Gramado (RS).
“É a comprovação de que o treinamento foi bem feito e que ela está apta a encontrar pessoas desaparecidas no nosso Estado e em nível nacional. Já houveram ocorrências no Brasil, como Brumadinho (MG) e Petrópolis (RJ), que os cães do Corpo de Bombeiros atuaram em busca e salvamento. Então a Laika é mais uma cadela de busca do nosso estado que poderá atuar neste tipo de ocorrência”, explicou o sargento Kalunga.
Além de estar apta para atender todos os municípios de Mato Grosso do Sul, após a certificação nacional, a cadela também está autorizada a atuar em ocorrências em todo o Brasil.
A prova de ‘busca urbana’ conta com duas etapas. Na primeira, os cães são avaliados quanto a sua obediência e destreza, onde o condutor mostra todo o adestramento realizado. Na segunda etapa é realizado um simulado onde duas vítimas estão escondidas em meio a escombros em uma área de aproximadamente mil metros quadrados e a cadela de ‘busca’ tem que localizar as pessoas em até 20 minutos. Laika conseguiu encontrar as vítimas em menos de 10 minutos.
“O Corpo de Bombeiros tem a atribuição legal de procurar pessoas perdidas ou desaparecidas. E quando você tem um cão que pode te auxiliar neste trabalho acaba facilitando um pouco este tipo de ocorrência”, disse o treinador e bombeiro militar.
Os treinamentos são constantes e a cada dois anos é necessário renovar a certificação. “A Laika, e qualquer cão de busca do Brasil, precisa estar sempre em constante treinamento. A cada dois anos é realizada uma prova para recertificar. O trabalho deles, que na verdade é uma brincadeira, e é fundamental para esse nosso trabalho que é difícil. Buscar uma pessoa que está perdida, desaparecida, é algo muito complicado não só para a família que busca alguma resposta quanto para nós profissionais do Corpo de Bombeiros”, disse o sargento.
Atualmente outros quatro cães estão em treinamento de busca e resgate, e a previsão é de que até o início de 2024, pelo menos três deles passem a atuar nas operações em Mato Grosso do Sul.