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Com oficinas e prêmios, MS Dance Fest movimentou o cenário da dança do Estado

De autoria do Grupo Funk-se, o festival foi um sucesso do início ao fim da programação com oficinas e apresentações…

26 abr 2022 às 14h58 |

De autoria do Grupo Funk-se, o festival foi um sucesso do início ao fim da programação com oficinas e apresentações artísticas realizadas,na Capital, de 21 a 24 de abril.

Por quatro dias, o MS Dance Fest movimentou o cenário da dança do Mato Grosso do Sul. Em sua 11ª edição, o festival trouxe artistas de renome nacional e internacional para ministrar workshops dos mais variados estilos de dança e ainda promoveu dois prêmios que reuniu diversas cias para disputar e mostrar no palco todo o talento de seus bailarinos. O fechamento ficou com uma batalha de breaking e allstyle que reuniu b-boys e b-girls, possíveis exponenciais desta arte.

“O MS Dance Fest nasceu de um sonho de democratizar o acesso dos artistas do Estado ao que há de melhor em termos de conhecimento e profissionais da dança no cenário nacional. O sonho cresceu e, hoje, ele também homenageia dois grandes artistas do MS, Tinho Sherman e Jair Damasceno, que dão nome aos nossos prêmios como forma de mostrar que o legado deles está presente”, afirma o idealizador do evento e fundador do Grupo Funk-se, Edson Clair.

O Armazém Cultural se tornou o centro das oficinas de dança com o fomento dos mais variados estilos dentro da dança urbana: vogue, waacking, hip hop, heels, jazz funk, choreo, locking e breaking. Este último entra para as Olimpíadas como modalidade esportiva a partir dos jogos de Paris 2024. 

Com um repertório diferenciado, a programação do festival ainda fez questão de incluir mais dois outros estilos: ballet e dança pra chão – aulas que foram ministradas em estúdios parceiros (Selma Azambuja, Beatriz de Almeida e Isadora Duncan). Uma forma de ir do contemporâneo ao clássico afim de contemplar mais categorias de artistas locais.  

E quem passou pela Praça do Rádio Clube, nos dias 22 (sexta-feira) e 23 (sábado) de abril, pôde conferir de perto os talentos de artistas de Mato Grosso do Sul e, também, de cidades do interior de São Paulo. 

“Gostei muito do que vi e confesso que o evento superou a minha expectativa por conta da infraestrutura. A população ficou muito longe dos eventos por causa da pandemia e voltar a sair é muito bom. Daí a importância de mais eventos como este pelo Estado e que tenham o apoio do poder público no financiamento porque todo mundo sai ganhando”, afirmou o analista de sistemas, Gessé Ferreira, que esteve acompanhado no evento pela esposa, filhos e a mãe.

Já para quem estava nos holofotes e garantiu premiações como, por exemplo, os bailarinos da Cia Movimento Dance, da cidade de Sonora, o momento foi de realização profissional. 

“O espetáculo foi montado em pouquíssimo tempo, estamos trabalhando desde março, não foi fácil conseguir vir. Felizmente, tivemos apoio, embora sejamos uma cia independente. Fora isso também e estamos felizes por conseguir abordar a causa indígena dentro de um trabalho, o Brô MC’s [primeiro grupo de rap indígena do Brasil] veio nos prestigiar e de quebra a gente levou a premiação de 5 mil reais, da categoria Sênior, do prêmio que leva o nome de um artista do porte que é Tinho Sherman”, avalia o coreógrafo Max Moura.

E antes do apagar das luzes da 11ª do MS Dance Fest, a responsabilidade de fechamento da programação ficou a cargo dos artistas do Breaking e do Allstyle. O sucesso foi tanto que até pessoas que passavam em direção à Feira Central paravam em frente a uma porta de vidro para conferir o show das batalhas. 

“A gente veio para somar, reencontrar a galera, amigos do mesmo ramo, e ainda tivemos a oportunidade de fazer a oficina do Leony Pinheiro, um cara que vai como atleta de Breaking nas próximas Olimpíadas. Tudo foi sensacional porque é a primeira vez que eu venho para o festival, conhecia de nome e, agora, ganhei o prêmio e vou representar o Centro-Oeste na Liga Breaking em Maringá [PR]”, contou entusiasmado o b-boy Paulo Henrique, o PH como é conhecido no meio, que veio de Cuiabá (MT) especialmente para a competição.

O MS Dance Fest conta com recursos do Fundo de Investimentos Culturais (FIC), da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), órgão vinculado ao Governo do Estado. Outras informações sobre a cobertura do festival você confere pelo Instagram (@espacofnk).

Ranking – Abaixo os nomes dos artistas ganhadores em cada categoria. 

Prêmio Jair Damasceno

1° Lugar: Companhia Núcleo da Dança. Coreografia: Stuff Like That There. Campo Grande/ MS. 2° Lugar: Grupo Maktub. Coreografia: Decurso. Campo Grande/MS

 3° Lugar: Aquidauana Cia de Dança (ACD). Coreografia: Desabafo. Aquidauana/ MS

Prêmio Tinho Sherman

Solo

1° Lugar: Grupo Reborn Dance Studio. Coreografia: Vision. Andradina/SP.

2° Lugar: Killa Kingz Crew. Coreografia: We Don’t Have a Chance. Três Lagoas/ MS.

3° Lugar: Larocca MC. Coreografia: Break Dance. Corumbá/ MS.

Duo

1° Lugar: Art Feminy. Coreografia: Sua. Nova Andradina/MS.

2° Lugar: Grupo Armazém 67. Coreografia: Inverse. Campo Grande/ MS.

3° Lugar: Invictus Dance Crew. Coreografia: Brasileiríssimo. Paranaíba/MS.

Trio

1° Lugar: Estúdio de Dança Beatriz de Almeida. Coreografia: Loucura. Campo Grande/MS.

2° Lugar: Invictus Dance Crew. Coreografia: Rump. Paranaíba/ MS.

3° Lugar: Reborn Dance Studio. Coreografia: Money. Andradina/ SP.Conjunto Júnior 1° Lugar: Grupo Armazém 67. Coreografia: Isso é tão 2007… Campo Grande/MS. 2° Lugar: Reborn Dance Studio. Coreografia: Extreme. Andradina/ SP. 3° Lugar: Movimento Kids. Coreografia: Cridança. Sonora/ MS.Conjunto Sênior1° Lugar: Cia Movimento Dance. Coreografia: Retomada. Sonora / MS. 2° Lugar: House of Hands Up. Coreografia: Hands Potter. Campo Grande/ MS. 3° Lugar: Grupo Armazém 67. Coreografia: My House is Your House. Campo Grande/ MS.

Batalhas 

Allstyle

1°lugar Wagner Gomes (Campo Grande/MS)

2° lugar Formiga (Corumbá/MS)

Breaking

1° lugar Sabota Beat Crew (Cuiabá/MT)

2° lugar We Love To Rock (Campo Grande/MS)