Controle da pandemia pode alavancar Índice de Confiança Industrial
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) aumentou 0,3 ponto em julho de 2021, atingindo 62 pontos. A alta…
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) aumentou 0,3 ponto em julho de 2021, atingindo 62 pontos. A alta no mês, embora pequena, é a terceira consecutiva. Desde maio, o ICEI acumula crescimento de 8,3 pontos. O patamar no qual o índice se encontra é o mais elevado para um mês de julho desde 2010 e foi influenciado principalmente pela percepção mais positiva das condições da economia brasileira.
O ICEI varia entre 0 e 100, tendo em 50 pontos uma linha de corte que separa a confiança da falta de confiança.
De acordo com o deputado Walter Alves (MDB/RN), a pandemia de Covid-19 afetou o crescimento econômico da população potiguar. “No Rio Grande do Norte, particularmente, pela forte força e inserção de turismo e todas as atividades que ela agrega, sentimos muitos os efeitos da pandemia na economia. Agora, estamos novamente no processo de retomada de investimentos e recuperação de empregos. Então, temos que aproveitá-lo para impulsionar a economia e melhorar, consequentemente, a vida do nosso povo”, destaca.
O estado do Rio Grande do Norte apresenta o décimo menor PIB do Brasil com R$59,6 bilhões. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o PIB industrial do estado é de R$ 11,4 bilhões, o equivalente a 0,9% da indústria nacional, empregando cerca de 97.726 trabalhadores no setor.
Índice de Confiança do Empresário reflete otimismo da indústria cearense
Índice de Confiança Industrial tem nova alta e pode trazer investimentos ao setor
Os principais setores do estado são serviços industriais de utilidade pública (27,7%), construção (23,5%), derivados de petróleo e biocombustíveis (12,6%), extração de petróleo e gás natural (11,6%) e alimentos (6,6%).
Segundo o professor de economia do Ibmec Brasília, Renan Silva, apesar da pandemia ter reduzido a atividade industrial, atualmente, o movimento se encontra inverso. “Temos uma injeção de investimentos por conta dessa atividade econômica mais intensa, aumento da confiança e, naturalmente, a utilização da capacidade instalada deve subir gerando mais empregos. No último trimestre de 2021 devemos enxergar uma redução do desemprego de uma forma mais intensa”.
Componentes do ICEI
Entre os componentes do índice de confiança da indústria, o Índice de Condições Atuais registrou avanço predominante, de 0,9 ponto, atingindo 55,7 pontos em julho. Assim, o índice se afasta da linha divisória de 50 pontos que separa uma percepção negativa de uma percepção positiva das condições atuais. Esse aumento foi causado principalmente pela percepção mais positiva a respeito da economia brasileira, que aumentou em 1,6 ponto e se encontra atualmente em 54,4 pontos. O Índice de Expectativas, por sua vez, se mantém em um patamar elevado, com avanço de 0,1 ponto, atingindo 65,2 pontos.
Com a aceleração da vacinação contra a Covid-19 no País, espera-se que nos próximos meses o crescimento do ICEI seja maior, como explica Renan Silva. “Acredita-se que vamos enxergar um crescimento em todos os segmentos. Tanto industrial como na agricultura, que continua devido aos preços das commodities. Talvez o que tenha ficado mais pra trás foi o setor de serviços, mas ele também deve retomar agora com mais intensidade, uma vez que a gente começa a ter uma inversão da curva de mortalidades e aumento do fluxo de pessoas no comércio geral”.
O deputado Walter Alves (MDB/RN) também enxerga um avanço no Índice a partir do controle do coronavírus. “O que se vê em todo mundo é que o controle da pandemia leva naturalmente ao aquecimento da economia e começamos a constatar que a tendência é que esse aquecimento seja cada vez mais robusto”.
Para chegar aos resultados apresentados, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) entrevistou 1.316 empresas, entre elas, 498 de pequeno porte, 500 de médio porte e 318 de grande porte.
Fonte: Brasil 61
Foto: Miguel Ângelo/CNI