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“No momento de pandemia, as pessoas precisam ter fé e acreditar em Deus”, declara Cel David ao defender igrejas e templos abertos

O parlamentar chama atenção para a liberdade religiosa prevista naConstituição Federal e alerta sobre a importância da fé em um…

07 abr 2021 às 19h30 |

O parlamentar chama atenção para a liberdade religiosa prevista na
Constituição Federal e alerta sobre a importância da fé em um período de
pandemia

“No momento de pandemia, as pessoas precisam ter fé e acreditar em
Deus”. A declaração foi dada pelo deputado estadual Coronel David (sem
partido), nesta quarta-feira (7), ao defender a realização de missas,
cultos e cerimônias religiosas, seguindo os protocolos de biossegurança
para evitar o contágio do coronavírus, conforme o critério de liberdade
religiosa previsto na Constituição Federal. A proibição do funcionamento
das igrejas será julgada hoje pelo Supremo Tribunal Federal.

Durante a sessão remota da Assembleia Legislativa, o parlamentar chamou
atenção para a impossibilidade da realização de cultos, missas e
cerimônias religiosas em alguns locais como medida de prevenção contra a
covid-19.

“Nossa Constituição Federal, no seu artigo 5º no inciso 6º permite a
liberdade religiosa e, neste momento de pandemia, as pessoas precisam
ter fé e acreditar em Deus, porque para Deus tudo é possível. Quando os
homens falham e os remédios não atingem o objetivo, eu vejo muitas
pessoas fechando os olhos, rezando ou orando e pedindo a Deus para que
essa doença seja afastada de nós”, disse, lembrando ainda do período
difícil em que foi diagnosticado com a covid-19.

Para o parlamentar, é contraditório o fato de alguns prefeitos e
governadores restringirem as cerimônias religiosas por meio de decretos,
sob o argumento de defesa da saúde, enquanto outras atividades funcionam
normalmente, ainda que favorecendo a aglomeração, ao citar a lotação nos
ônibus coletivos.

“Eu me espanto de ver que as pessoas têm todo esse cuidado com as
igrejas e templos que estão seguindo as medidas sanitárias de segurança
e essas mesmas pessoas não veem os nossos ônibus todos lotados, em todos
os horários. Parece que só na igreja tem vírus e dentro do ônibus não
tem”.

O deputado estadual teme que a questão do enfrentamento à covid-19 seja,
mais uma vez, politizada.

A expectativa do parlamentar é que o STF leve em consideração o direito
fundamental da liberdade religiosa e “não se deixe levar pela política”.

“É só isso que eu peço. O Supremo Tribunal Federal é o guardião da Constituição e tem a responsabilidade de prezar pelo respeito aos
princípios constitucionais, como a liberdade religiosa. Porque em
momentos de dificuldades, como esse que estamos vivendo, é importante
termos fé para enfrentar essa situação, precisamos continuar a acreditar
em Deus e a gente precisa acreditar também nos homens que aplicam a lei
aqui entre nós”,finalizou.

IMPASSE- Decisões opostas de ministros do Supremo sobre a realização de
cerimônias religiosas durante a pandemia motivaram o órgão a agendar um
julgamento sobre a questão.

Enquanto o ministro Gilmar Mendes decidiu manter a proibição de cultos
religiosos determinada pelo governador João Dória, de São Paulo, o
também ministro Nunes Marques, em nova decisão, liberou a realização de
cultos e missas em todo o país. O julgamento desta quarta-feira (7) deve pôr um fim ao conflito.

(Com Assessoria)

Foto: Divulgação/Assessoria