Orfandade em MS: Um Desafio Social Urgente
Os dados inéditos dos Cartórios de Registro Civil sobre orfandade em Mato Grosso do Sul revelam uma realidade alarmante e…
Os dados inéditos dos Cartórios de Registro Civil sobre orfandade em Mato Grosso do Sul revelam uma realidade alarmante e sensível. Desde 2021, uma média de 599 crianças e adolescentes por ano ficaram órfãos de pelo menos um dos pais no estado, com um impacto significativo da pandemia de Covid-19, responsável por cerca de um terço dessas perdas em 2021.
Esses números trazem à tona não apenas a gravidade do luto, mas também as implicações sociais e econômicas para esses jovens. Orfandade é mais do que uma tragédia pessoal; é um fenômeno que requer respostas estruturadas para garantir direitos básicos, como moradia, educação e alimentação, além de suporte psicológico.
A consolidação de dados, possível apenas com o cruzamento de CPFs nos registros a partir de 2021, evidencia a importância de registros precisos para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes. Além disso, a pandemia expôs vulnerabilidades preexistentes, agravando problemas de saúde, pobreza e exclusão social.
É essencial que esses números sejam usados para planejar ações concretas, como a criação de programas de acolhimento, suporte emocional e econômico às famílias afetadas. Apenas assim, poderemos construir um futuro mais inclusivo e resiliente para nossas crianças e adolescentes, assegurando que a tragédia da orfandade não seja ampliada pelo descaso social.
A orfandade é um reflexo doloroso da pandemia, mas também um chamado para priorizarmos quem mais precisa. A sociedade e o poder público devem responder à altura.