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Orfandade em MS: Um Desafio Social Urgente

Os dados inéditos dos Cartórios de Registro Civil sobre orfandade em Mato Grosso do Sul revelam uma realidade alarmante e…

28 nov 2024 às 07h02 | Redação

Os dados inéditos dos Cartórios de Registro Civil sobre orfandade em Mato Grosso do Sul revelam uma realidade alarmante e sensível. Desde 2021, uma média de 599 crianças e adolescentes por ano ficaram órfãos de pelo menos um dos pais no estado, com um impacto significativo da pandemia de Covid-19, responsável por cerca de um terço dessas perdas em 2021.

Esses números trazem à tona não apenas a gravidade do luto, mas também as implicações sociais e econômicas para esses jovens. Orfandade é mais do que uma tragédia pessoal; é um fenômeno que requer respostas estruturadas para garantir direitos básicos, como moradia, educação e alimentação, além de suporte psicológico.

A consolidação de dados, possível apenas com o cruzamento de CPFs nos registros a partir de 2021, evidencia a importância de registros precisos para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes. Além disso, a pandemia expôs vulnerabilidades preexistentes, agravando problemas de saúde, pobreza e exclusão social.

É essencial que esses números sejam usados para planejar ações concretas, como a criação de programas de acolhimento, suporte emocional e econômico às famílias afetadas. Apenas assim, poderemos construir um futuro mais inclusivo e resiliente para nossas crianças e adolescentes, assegurando que a tragédia da orfandade não seja ampliada pelo descaso social.

A orfandade é um reflexo doloroso da pandemia, mas também um chamado para priorizarmos quem mais precisa. A sociedade e o poder público devem responder à altura.