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Pedro Fonte se lança em carreira solo

Entre shows e ensaios, o concorrido baterista carioca Pedro Fonte – que acompanha nomes de destaque da nova cena, como…

02 maio 2020 às 15h37 |

Entre shows e ensaios, o concorrido baterista carioca Pedro Fonte – que acompanha nomes de destaque da nova cena, como Rubel, Illy, Mãeana, Abayomi e Nina Becker – encontrou tempo para gravar seu primeiro disco como compositor, intérprete e produtor musical. Filme do Tempo chega às plataformas digitais dia 07/05, pelo também estreante selo Carolina Records, com distribuição da Altafonte. O disco é antecedido pelo single Conselhos, que saiu hoje, 30/04, acompanhado de clipe dirigido pelo artista visual nipo-brasileiro Vidi Descaves. 

Sobre o disco: 

Aos 28 anos de idade, e após mais de uma década entre o palco e o estúdio, Pedro Fonte justifica a decisão: “Mais do que me lançar em carreira solo, queria poder expressar alguns pensamentos musicais meus, que fui aprendendo com o tempo, com a prática e com meus mestres. Depois de gravar os discos de tanta gente, percebi que estava pronto pra assumir a responsabilidade de assinar um trabalho que levasse o meu nome; em que, mais do que executar, eu pudesse apresentar minhas ideias sobre a produção musical. Levando adiante esse pensamento, resolvi que iria interpretar minhas próprias canções, por entender que esse seria o melhor caminho para expressar o que eu pretendia. No fim das contas, foi um grande salto, que em muito devo ao Estúdio Carolina, onde me senti muito confortável para criar, cercado de amigos que me acompanham há muitos anos e que muito admiro”. 

Pedro Fonte se lança em carreira solo Fotos:Divulgação/Assessoria

Sobre o single:  

“Conselhos acabou virando o single porque ela se elegeu. É a única música que não foi gravada com a banda ao vivo, então acabou ficando pronta antes, e ela destoava das outras, aí eu acabei entendendo isso como um sinal. Ela não é a música mais pop ou comercial do disco, longe disso, mas acho o recado dela interessante, um recado um pouco duro: é anti-individualista, no sentido de que não somos tão importantes assim enquanto indivíduos, e que precisamos repensar e mudar muita coisa para voltarmos aos eixos. Então, acho que também escolhi ela um pouco pelo momento, pelas coisas que já vínhamos passando antes mesmo do coronavírus, mas agora ainda mais”, afirma Pedro Fonte. 

Sobre o clipe:  

O clipe surgiu do diálogo criativo entre Pedro e o renomado artista visual nipo-brasileiro Vidi Descaves. Segundo Vidi, “Fonte veio com a ideia de um cara que passa seu tempo preso em um quarto e eventualmente consegue sair. Também trouxe as pinturas do Josef Albers como referência, que trabalham muito com uma variação de tonalidades de uma mesma cor. A partir dessas ideias o clipe foi surgindo, trabalhando com a relação entre quinas e ângulos de um espaço e do corpo humano, compassados com o ritmo marcado da música. As profundidades e direções se confundem, minha vontade era gerar uma sensação de deriva. A partir dessas ideias bem abstratas, o clipe foi concretizado por João Chataignier, que fez a fotografia; João Rios, que montou toda a luz; Luiza Mitidieri, que assina o figurino e cenografia; e aproveito para agradecer pelos conselhos ao Daniel Passi, e pela edição e resolução da narrativa, ao Lucas Cunha”. 

Pedro complementa: “É sobre um indivíduo preso, mas preso no próprio corpo e nas suas idéias. A sensação de claustrofobia como realidade a partir da qual as opções nos são oferecidas. A importância de cada indivíduo é questionada, será que somos tão importantes assim? O corpo vai se soltando de suas amarras, descobrindo suas possibilidades dentro dessa caixa, e é quando vislumbramos uma imagem da natureza que surge como uma lembrança: a lembrança de que existe uma outra realidade, anterior e interior. A partir desse momento o indivíduo alarga os espaços, a perspectiva muda, as cores mudam até que ele consegue vencer a clausura e suas amarras”. 

Sobre o artista: 

Além de ser peça chave da nova cena independente, Pedro Fonte integrou ainda três das bandas mais icônicas do underground carioca da última década: Novocaines; Exército de Bebês (que, entre experimentações e improvisos, chegou a acompanhar nomes como Jorge Mautner e Clarice Falcão); e Os Dentes, com a qual gravou o disco Sideral, lançado em 2018 pelo selo Rock It. Além disso, gravou bateria no aclamado Casas , de Rubel, pela Natura Musical, em 2019, e no próximo disco da cantora Illy, Te adorando pelo avesso, a ser lançado ainda este ano. 

Ficha técnica disco: 

Filme do Tempo foi gravado pelos amigos de geração João Werneck e Guilherme Lirio, nas guitarras; Gabriel Loddo, no baixo; Thomas Jagoda, no synth; e backing vocal dos engenheiros de som Angelo Wolf, Kayan Gutter e Gus Levy, além das participações de Ana Frango Elétrico e Mãeana. Contou ainda com a participação especial de Raquel Dimantas, com quem divide o vocal na faixa Se afasta da luz; de Johana Weglinsky e de Karina Neves, nas flautas; Antonio Neves no trombone e Milton Guedes no sax alto. Os arranjos são assinados por Rudah Guedes. A produção é de Pedro Fonte.

(Com Assessoria)