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Rua 14 de Julho respira arte e vira palco de ensaios artísticos

Quando as lojas se fecham e o movimento se esvai é a hora perfeita para fotógrafos e artistas transformarem a…

16 jul 2020 às 07h06 |

Quando as lojas se fecham e o movimento se esvai é a hora perfeita para fotógrafos e artistas transformarem a via requalificada em um cenário urbano que encanta pela simplicidade. Não é de hoje que a rua “queridinha” dos campo-grandenses vira palco de manifestações artísticas, mas em época de que quase tudo se comunica pelo virtual, as redes sociais dão aquela força para divulgar os trabalhos de quem enxerga a nova 14 de um modo mais sensível.

Foi para mostrar esse visual repaginado e toda a transformação pela qual o “coração comercial” de Campo Grande passou ao longo de dois anos, que Iza Olmos Rodrigues de Lima, a campo-grandense que viveu, praticamente, a vida toda no centro, criou uma “vitrine” para a 14 de Julho, um perfil exclusivo onde o objetivo é mostrar como a cidade está construindo uma nova história. O @rua14dejulho tem mais de 2.500 seguidores apaixonados pela 14 e que fazem questão de enaltecer o quão bela a rua ficou.

Iza conta que sempre morou no centro, o pai era dono de uma banca de revistas na 14 de Julho, ao lado do Bar do Zé. A Praça Ary Coelho era o quintal da casa dela. Com um carinho gigante pela região, ela lembra dos tempos áureos do comércio e de quando, nos natais passados, andava entre os carros de tanta gente que tinha nas calçadas.

Com a reforma, ela começou a registrar as mudanças e decidiu criar o perfil da 14 no Instagram. O objetivo é dar visibilidade a detalhes que passam despercebidos no dia a dia e atiçar a curiosidade de quem ainda não conhece esse visual repaginado do espaço urbano. Em um dos posts, o destaque para os bicicletários, ainda pouco utilizados pelos ciclistas. Em outro, a explicação sobre os frades, aqueles equipamentos instalados nas esquinas para evitar que os motoristas subam nas calçadas.

Para gerar conteúdo, Iza conta com a boa vontade de cada seguidor, replica cliques inusitados, faz referências à história de Campo Grande e, assim, segue alimentando o perfil de informação. O fotógrafo Lucas Matheus compartilha suas fotos publicadas no @lucasmatheusfotografia no Instagram da 14. Os últimos ensaios trazem a nova rua como fundo de fotos lindas feitas com a bailarina e debutante Maria Eduarda.

A pequena Brenda Maria também protagonizou cenas divertidas pelas lentes de mamãe Andreza. Além de publicá-las no perfil da filha, @brendamotti, ela dividiu as imagens com o público pelo instagram da 14.

Outra artista que aproveitou o charme da rua e gravou um vídeo cover da música Naise nas calçadas ampliadas foi Beca Rodrigues. Ela participa do projeto “Folk na Rua” que, no começo deste ano já animava as manhãs de sábado na 14 de Julho, mas foi temporariamente suspenso por conta da pandemia. O vídeo pode ser visto no canal oficial da cantora no Youtube e também figura nos posts do @rua14dejulho.

E se você ainda não conhece o perfil da 14, saiba que iniciativas como essas contribuem para a movimentação da região. Com a requalificação da rua, a proposta é incentivar a “ocupação” de movimentos artísticos, fomentar a cultura com teatro, música, fotografia e tantas outras manifestações possíveis. A 14 de Julho está aí, todinha bela e formosa, para você.

História

A Rua 14 de Julho recebeu esse nome no final da primeira década de 1900. Em 1930, mudou para Aníbal de Toledo, em homenagem ao presidente eleito do Estado de Mato Grosso. O governante, no entanto, durou apenas nove meses no poder e a rua passou a se chamar João Pessoa, em homenagem ao candidato a vice-presidência do Brasil. Em 1941, a rua volta a se chamar 14 de Julho. A denominação é em homenagem a queda da Bastilha, proposta pelo vereador Miguel Garcia Martins (3ª legislatura – 1909 – 1911) que significou um marco histórico para a humanidade, quando os franceses se insurgiram contra a tirania real, iniciando o movimento conhecido como Revolução Francesa, que tanto influenciou no comportamento dos povos ocidentais. Inicialmente a rua foi chamada de Beco – porque ali existia um trilheiro deserto, curto e sem saída.

(Com Assessoria PMCG)

Foto: Divulgação/PMCG