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Venda da maior reserva de urânio do Brasil gera polêmica e Bortoli comenta sobre a preocupação dos investidores em MS

Eduardo Bortoli, investidor em commodities energéticas e residente em Três Lagoas, se destacou entre os críticos ao enfatizar os riscos…

29 nov 2024 às 16h17 | Redação

A recente venda da maior reserva de urânio do Brasil, localizada na mina de Pitinga, em Presidente Figueiredo (AM), à estatal chinesa China Nonferrous Trade Co. Ltda (CNT), levantou uma onda de críticas e preocupações. O anúncio, feito pela mineradora Taboca, pertencente ao governo do Amazonas, na madrugada de 26 de novembro, transferiu para o controle chinês um recurso estratégico crucial, utilizado na geração de energia nuclear e em aplicações militares.

Eduardo Bortoli, investidor em commodities energéticas e residente em Três Lagoas (MS), se destacou entre os críticos ao enfatizar os riscos associados à negociação. Para ele, a transação, que foi anunciada simultaneamente nas bolsas de Pequim e Lima, careceu de transparência e sugeriu uma possível subvalorização do ativo.

“Estamos falando de um recurso estratégico que, em mãos estrangeiras, pode comprometer a soberania energética e a segurança nacional do Brasil. A proximidade da mina com as fronteiras da Venezuela e da Guiana torna o cenário ainda mais delicado”, alertou Bortoli.

Ele também questionou a forma como o acordo foi conduzido, classificando a negociação como opaca e desconectada dos interesses nacionais.

Além do urânio, o acordo inclui o fornecimento de nióbio e tântalo, além do acesso a uma planta de processamento localizada no estado de São Paulo. A falta de informações claras sobre o impacto ambiental e social na região de Pitinga, que é conhecida por seus ecossistemas sensíveis e depende do turismo, ampliou as críticas.

No Senado, o parlamentar Plínio Valério (PSDB-AM) apontou que os brasileiros enfrentam barreiras ambientais e jurídicas para explorar seus próprios recursos naturais, enquanto empresas estrangeiras são favorecidas.

A venda da mina de Pitinga reacendeu o debate sobre a soberania energética do Brasil e o papel do governo em proteger recursos estratégicos. Diante da controvérsia, críticos exigem esclarecimentos detalhados do governo federal e pedem garantias de que os interesses nacionais foram devidamente resguardados. (Colaborou Paulo Ferreira, da Rádio Caçula FM)